sábado, 16 de novembro de 2013

"Sei bem como é"

Bem, oi.

Estou me sentindo um tanto quanto MUITO ridícula ao criar esse blog, mas foi uma das poucas alternativas que encontrei. (Sério, não consigo crer que estou criando um diário. Que ponto cheguei...)
Agora, com licença, deixe-me contextualiza-lo: você está diante de um típico e ordinário caso de coração partido.
Eu sei, eu sei. Existem milhões por aí, certo? Perdoe-me pela falta de originalidade but I can't help it.
Entretanto, olhe o lado bom, não estou exagerando no diagnóstico. Quando eu digo coração partido, I really mean it.
Neste espetacular mundo em que sou a protagonista, ultimamente temos presenciado bastante os ingredientes fundamentais para um verdadeiro corazón partio: sofrimento, solidão e lágrimas. E eu gostaria de ressaltar que são muitas lágrimas. Tantas que se existisse uma season two da minha existência, elas provavelmente se tornariam as principais por porcentagem de aparição.
Cronologicamente, estamos no quarto mês desde que levei um chute... um fora, um pé na bunda. Sinta-se livre para escolher o termo que mais lhe agrada, todos adequam-se perfeitamente ao papel.
Pode soar estúpido - e eu sei que soa - mas eu nunca imaginei que fosse passar por tudo isso. Eu? Sofrer por um homem? Pior, sofrer por amor? Give me a break, c'mon. 
É engraçado pensar em como sempre me achei tão imune a isso. Tão psicologicamente preparada pra esse momento: "Já li tantos livros, eu sei bem como é."
Meu deus, como eu estava ridiculamente enganada.
Não, querida, você não sabia como era.
Hoje, quatro meses depois, eu ainda não sei como é completamente, não compreendi certos mecanismos. Ainda não sei como lidar. Ainda não sei como superar.
Tantas horas de leitura de romances só serviu como pura distração e para a criação de maiores expectativas. Ótimo, meus parabéns. Muito obrigada por isso, Autores.
E sabe onde esse blog/diário entra?
Simples, meu caro. Você está aqui como a tentativa derradeira de uma jovem desesperada por manter o que resta da própria sanidade.
Meus amigos (todos eles, sem exceção) já não aguentam mais me aturar desse jeito.
E eu, definitivamente, não os culpo. Sério. (Eu sei que ninguém irá ler esses textos, mas se por um acaso essa desgraça alcançar os olhos de um dos meus amados amigos, por favor, saibam que eu sou muito grata por toda a paciência que vocês tiveram e que não os culpo por estarem de saco cheio. Eu estou insuportável, tenho plena consciência disso. Perdão.)
Porém, alto lá! Não tire conclusões precipitadas a cerca da amizade que eles cultivam por mim, eles não chegaram proclamando com todo o ar dos pulmões que eu deveria deixar de ser chata. Eles jamais fariam isso.
Na verdade, eles fingem que ainda me aguentam, enquanto eu finjo que não vejo o quão incomodados estão. Por isso, aos poucos, eu tenho evitado de falar como realmente me sinto. Poupá-los da mediocridade que se apossou violentamente da minha (não tão) doce vida.
Eu imagino como deve ser estafante para eles chegar todos os dias pra aquela amiga que sempre foi animada, alegre, pra cima e todos esses adjetivos que usam pra descrever aquelas animadoras de excursões escolares, e ouvir pela milionésima vez que ela não consegue mais dormir, que ela tem chorado, que ela está deprimida.
Eu compreendo todos os seus "supera isso, cara" e "deixa isso pra lá".
E não me entendam mal, eu não quero ser assim. Eu quero voltar a ser aquela menina entusiasmada com o mundo que vocês conheceram. E dependendo do grau da nossa amizade, se ele for um pouco menor, você provavelmente acredita que essa menina já está voltando. Fico triste em informar que é apenas eu sendo uma atriz razoável e fazendo-lhe crer que estou bem.
O problema é que você não vê como fico quando posso finalmente expor o que sinto. Você não está lá quando não preciso mais fingir. Quando não há quem possa me julgar.
É aí, querido, que o sofrimento arromba as portas e me leva à navegar por mares nunca dantes navegados (Com o perdão da analogia, Sr. Camões).
E é em virtude disso tudo que escolhi importar meus lamentos pra essa folha de papel virtual.
Essa escolha é em nome dos meus amigos (que merecem mais do que estou oferecendo).
É em nome do que resta da minha dignidade (que tem o medo super plausível de entrar em extinção).
É em nome da minha criatividade (que borbulha constantemente, mas que esteve aprisionada para não ser estupidamente confundida com "indiretas").

E, finalmente (ou infelizmente?), é em nome do amor que sinto.
Dessa porra de sentimento lindo que parece quase palpável de tão intenso. Que bloqueia minha garganta, abre as comportas das minhas vias lacrimais e maximiza a velocidade das batidas do meu coração.
Porque mesmo que esse amor só exista pra mim, por mais que eu seja a única que sinta-o e a única que ainda se importe, ele sempre será a coisa mais forte que já presenciei. O que mais me marcou até o presente momento. O que me fez ser o que sou agora.

Bem, tchau.
T.





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